A arte da eletrometalurgia: «Uma multitude de objetos simulados e substitutos perfeitos»

O desenvolvimento da arte da eletrometalurgia durante a década de 1840 resultou numa mudança de paradigma na química física, na ciência dos materiais e nos processos de fabrico que moldaram a Revolução Industrial no início da era vitoriana na Grã-Bretanha, o que foi possível devido à publicação da investigação experimental de Michael Faraday (1791-1867) sobre a decomposição eletroquímica, em janeiro de 1834 (Faraday, 1834). A nova teoria estava «tão em desacordo com as previamente apresentadas» que Faraday teve grandes dificuldades em explicar as evidências presentes nas suas observações devido às limitações de linguagem e à inadequação da terminologia existente. Com a ajuda do Dr. William Whewell (1794-1866), polímata e historiador de ciência, Faraday teve de cunhar vários neologismos – eletrólise, eletrólito, elétrodo, ânodo e cátodo – para descrever as suas investigações experimentais em eletricidade.